[volume 2, número 1, p. 63-83, Jan./Jun. 2016 - outros autores: E. Soares; L. Moura; R. Bezerra (graduandos, Geografia/UnB)]
APRESENTAÇÃO DO DESIGN E RESULTADOS DE UM PROGRAMA DE PESQUISA QUE OBJETIVOU DEMONSTRAR A ARTICULAÇÃO RELATIVA ENTRE DETERMINADAS "ESCOLAS DE PENSAMENTO CIENTÍFICO" (DO TIPO "GEOGRÁFICO", NO CASO) E CERTOS "SISTEMAS DE PENSAMENTO FILOSÓFICO" - TOMANDO POR MEDIADOR DE CORRESPONDÊNCIA O VOCABULÁRIO. ASSIM, FOI INTENÇÃO DOS AUTORES SUBLINHAR A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS DE EPISTEMOLOGIA DA GEOGRAFIA DEVOTAREM MAIOR ATENÇÃO AOS RECURSOS METODOLÓGICOS DA LINGUÍSTICA.
[extrato: "... de hábito, os pesquisadores em 'HPG' tendem a
ressaltar sobretudo o ângulo externalista das investigações epistemológicas;
quer dizer, dão especial realce a questões ligadas à conjuntura na qual 'agentes e valores', digamos assim, parecem figurar como decisivos para a
concepção e/ou retransmissão de ideários e práticas científicos. Menos
frequentes são as pesquisas debruçadas sobre a identidade filosófica dos
discursos geográficos (sendo que nos referimos, em particular, a uma rara
preocupação em comprovar/refutar essa presumida identidade); tanto quanto são
poucos os estudos que não se restringem ao mero aspecto das tradições
discursivas dessa ou daquela coletividade de cientistas. Apesar de que, ainda
assim, eles estejam de fato sintonizados com o grande tema 'linguagem', pensamos
que estes segundos estudos (guiados pelos insights de autores-ícone, tais como
M. Foucault e P. Bourdieu) negligenciam aquilo que talvez até entendam ser
pobre ou 'analítico demais': os estigmas linguísticos que fatalmente derivam
daquelas tradições." (65)]