segunda-feira, 7 de novembro de 2022

[PB94] Ciência, obscurantismo e o papel potencial da geografia em comunicação científica

 Revista de Geografia (PPGEO - UFJF, MG)

[volume 12, número 1, p. 88-116, 2022 - primeiro autor: Menieny Sander Pereira da Silva, Bacharelado/UnB]
RESULTADO DE UMA PESQUISA QUE PROCUROU SUGERIR PARA A CIÊNCIA GEOGRÁFICA UM PAPEL COLABORATIVO NOS ATUAIS EMPREEDIMENTOS DE COMBATE AO NEGACIONISMO. SÃO CARACTERIZADOS OS CAMPOS DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO (SALIENTANDO AS DISPUTAS EM TORNO  DA AUTORIDADE DA CIÊNCIA E OS DISCURSOS QUE DESCONFIAM DE SUA CONFIABILIDADE) E DA COMUNICAÇÃO JORNALÍSTICA (APRESENTANDO SEUS VALORES E DILEMAS, EM SE TRATANDO DA VULGARIZAÇÃO DE SABERES TÉCNICO-CIENTÍFICOS). A PARTIR DE UMA TIPOLOGIA DE NEGAÇÕES, PROPÕE-SE UM CONJUNTO DE TEMAS QUE, PELO PRISMA DA GEOGRAFIA, ELAS PODERIAM SER IDENTIFICADAS (E, ENTÃO, COMBATIDAS) POR UM PROFISSIONAL GEÓGRAFO ENGAJADO EM PROJETOS DE COMUNICAÇÃO PÚBLICA DA CIÊNCIA.
[extrato: Talvez  independentemente  do  assunto  em  pauta (saúde pública, formas e processos geofísicos), o componente psicológico do conspiracionismo seja o ponto mais  marcante nesta forma de  estratégia obscurantista: preferir acreditar que esferas poderosas financeiramente atuam para perpetuar  um estado de conhecimentos que enquanto o grande público incorporar como verdadeiros e inquestionáveis, seus interesses estarão garantidos. Como exemplificações, poderíamos dizer que tendem a ser candidatas bem credenciadas a teorias da conspiração a alegação de que empresas produtoras de sementes transgênicas pretendem ter domínio absoluto sobre o estoque e o consumo de alimentos em escala planetária; e a de que não há tanto risco assim em que as doenças se alastrem entre a população,  mas que isso é insistentemente alegado por um consorcio vil entre os setores médico e farmacêutico a fim de que ela fique aterrorizada e faça disparar o lucro das empresas fabricantes/vendedoras de vacinas. (108)]

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

[PB93] Teorias e modelos na geografia contemporânea

Teorias na geografia II: manifestações da natureza (Org.: Eliseu S. Sposito; Guilherme dos S. Claudino)

[Rio de Janeiro: Consequência, 2022. 473p. (p. 93-131)]

CAPÍTULO EM QUE APRESENTAMOS, PRIMEIRAMENTE, A EVOLUÇÃO DAS CONCEPÇÕES DE ESTRUTURA TEÓRICA AO LONGO DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA DA CIÊNCIA. CARACTERIZAMOS OS ATRIBUTOS PARTICULARES E AS RELAÇÕES ENTRE TEORIA E MODELO. E EXEMPLIFICAMOS O DESENVOLVIMENTO DE MODELAGEM TEÓRICA DE NATUREZA SISTÊMICA NA PRODUÇÃO DE DOIS AUTORES BRITÂNICOS, HERDEIROS DA REVOLUÇÃO TEORÉTICA E QUANTITATIVA - MICHAEL BATTY (EM ESTUDOS URBANOS) E RICHARD HUGGETT (EM ESTUDOS DE PAISAGEM).
[extrato: “Na Geografia [...] costuma-se pensar que seriam estritamente aqueles pesquisadores descendentes da caudalosa corrente que foi a GTQ os que poderíamos reconhecer serem usuários de 'modelos'. Em outras palavras, pesquisadores vinculados às geografias sociais – e que pratiquem linhas de estudo filosoficamente orientadas pelos matizes do humanismo, do estruturalismo e do pós-modernismo – não operariam pela via das modelagens ... embora trabalhassem, sim, com 'teorias'. Essa é, claramente, uma impressão ingênua; posto que não reconhece o sentido construtivista, funcional e pragmático dos modelos; e, por decorrência, não enxergando ser muito provável que lidem com alguma forma de modelagem sem sabê-lo. (p. 111-112)]
LINK: http://

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

[PB92] Se o planeta é um todo sistêmico, uma filosofia das “ciências da terra” será um sistema de múltiplas filosofias das ciências?

XII Encuentro de Filosofía e Historia de la Ciencia del Cono Sur

[01-05 Ago. 2022, Universidad del Valle, Cali, Colombia, Anais, p. 16]
REFLEXÃO ACERCA DA RELAÇÃO ENTRE A NATUREZA INTERATIVA DE CERTAS ORDENS DE FENÔMENOS (DIMENSÃO ONTOLÓGICA) E OS CAMPOS METACIENTÍFICOS QUE SE DEBRUÇAM SOBRE CADA UMA DESTAS ORDENS (DIMENSÃO EPISTEMOLÓGICA).
[“(...) se 'geociências' incorporaram em suas explanações princípios que explicam dinâmicas litológicas, atmosféricas e hidrológicas; e se 'ecologia' esses mesmos princípios precisa aportar a fim de melhor descrever relações de interdependência entre meio físico e estruturas vivas; parece evidente que um campo ainda mais especializado, como 'geografia humana' p.ex. (que dos fatores anteriores se vale para explicar formas de ocupação humana do espaço) naturalmente indica um terceiro nível de complexidade.” (16).]
LINK: http://www.afhic.com/es/encuentro-afhic/