Revista de Geografia (PPGEO - UFJF, MG)
[volume 12, número 1, p. 88-116, 2022 - primeiro autor: Menieny Sander Pereira da Silva, Bacharelado/UnB]RESULTADO DE UMA PESQUISA QUE PROCUROU SUGERIR PARA A CIÊNCIA GEOGRÁFICA UM PAPEL COLABORATIVO NOS ATUAIS EMPREEDIMENTOS DE COMBATE AO NEGACIONISMO. SÃO CARACTERIZADOS OS CAMPOS DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO (SALIENTANDO AS DISPUTAS EM TORNO DA AUTORIDADE DA CIÊNCIA E OS DISCURSOS QUE DESCONFIAM DE SUA CONFIABILIDADE) E DA COMUNICAÇÃO JORNALÍSTICA (APRESENTANDO SEUS VALORES E DILEMAS, EM SE TRATANDO DA VULGARIZAÇÃO DE SABERES TÉCNICO-CIENTÍFICOS). A PARTIR DE UMA TIPOLOGIA DE NEGAÇÕES, PROPÕE-SE UM CONJUNTO DE TEMAS QUE, PELO PRISMA DA GEOGRAFIA, ELAS PODERIAM SER IDENTIFICADAS (E, ENTÃO, COMBATIDAS) POR UM PROFISSIONAL GEÓGRAFO ENGAJADO EM PROJETOS DE COMUNICAÇÃO PÚBLICA DA CIÊNCIA.
[extrato: “Talvez independentemente do assunto em pauta (saúde pública, formas e processos geofísicos), o componente psicológico do conspiracionismo seja o ponto mais marcante nesta forma de estratégia obscurantista: preferir acreditar que esferas poderosas financeiramente atuam para perpetuar um estado de conhecimentos que enquanto o grande público incorporar como verdadeiros e inquestionáveis, seus interesses estarão garantidos. Como exemplificações, poderíamos dizer que tendem a ser candidatas bem credenciadas a teorias da conspiração a alegação de que empresas produtoras de sementes transgênicas pretendem ter domínio absoluto sobre o estoque e o consumo de alimentos em escala planetária; e a de que não há tanto risco assim em que as doenças se alastrem entre a população, mas que isso é insistentemente alegado por um consorcio vil entre os setores médico e farmacêutico a fim de que ela fique aterrorizada e faça disparar o lucro das empresas fabricantes/vendedoras de vacinas.” (108)]
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