segunda-feira, 5 de outubro de 2009

[PB38] Imposturas geográficas ou como ser um crítico naïf, em três lições

VIII Encontro Nacional da ANPEGE
["Espaço e Tempo: Complexidade e Desafios do Pensar e do Fazer Geográfico", 28 Set. - 02 Out. 2009, UFPR, Anais, 12f. - primeiro autor: Mariana A. LAMEGO, CEFETEQ/UFRJ]
BASEADOS NUMA INTERESSANTE PUBLICAÇÃO DE M. E. HURST (1973), NA QUAL SÃO EXPRESSOS EM TOM SARCÁSTICO/CARICATO OS PERSONAGENS INSIDERS DO QUE ENTENDIA SER O STATUS QUO GEOGRÁFICO, OS AUTORES REAVALIAM A JUSTEZA DA TIPOLOGIA. SUGERINDO QUE AS CARICATURAS GUARDAM AINDA BOA MARGEM DE ADEQUAÇÃO À CONTEMPORANEIDADE (BRASILEIRA, INCLUSIVE), PROPÕEM QUE - COM ALGUNS RETOQUES - OS MESMOS TIPOS PODERIAM TAMBÉM ENQUADRAR AQUELES QUE, EM CIRCUNSTÂNCIAS PRETÉRITAS, INSULTARAM O ESTABLISHMENT, E HOJE O RECRIAM A SEU FEITIO.
["Hoje um tanto remota, a versão que opta pelo timbre da conspiração só conserva adeptos nos círculos demasiado impulsivos e panfletários - onde, em geral, sobram brados e dedos em riste, e ressentem-se de consistência e plausibilidade. Em vez disso, pensamos que a idéia de establishment (se ela se mantém de fato atual) teria muito mais nexo se posta em reparo a direção para a qual converge a maioria dos argumentos em Geografia Humana, de uns vinte e cinco anos para cá. Porque, arriscamos dizer, a rede de dioceses contemporânea contaria com um episcopado que, se ainda não soube organizar-se inteligentemente para também capitanear o âmbito aplicado da disciplina, pelo menos tem sabido cativar a atenção de uma audiência continuamente expressiva, junto ao campo da homilia teórica. (Algo que se testemunha sem esforço nos encontros científicos, quando um verdadeiro tropel de paroquianos aglomera-se em torno de priores ou seus vigários - tanto que somos remetidos à imagem de uma celebração monástica)." (p. 9)]
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