sexta-feira, 25 de outubro de 2024

[PB104] Epistemologias do ressentimento: estudos críticos (para além do justificado) em história da ciência

XIX Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia

[29Jul.-02Nov. 2024, UFBA, Salvador, Anais, 15f.]
A PARTIR DE UMA LITERATURA QUE, SEM DESCONSIDERAR O VALOR DOS MOVIMENTOS REPARADORES DA IGUALDADE, SUSTENTA A NECESSIDADE DE MANTERMOS O IDEAL DE CIÊNCIA OBJETIVA, ARGUMENTA-SE SOBRE A FRAGILIDADE DAS TESES CALCADAS ESTRITAMENTE NA "SOCIOLOGIA" DA CIÊNCIA. UMA MIRADA ATENTA, POR EXEMPLO, APENAS AO PERTENCIMENTO RACIAL DE QUEM PRODUZ CONHECIMENTO TENDE A FAVORECER A IMAGEM (INJUSTIFICADA) DE PROCESSOS COGNITIVOS AUSENTES OU MERAMENTE COADJUVANTES NAS ETAPAS CRUCIAIS DE CONSTRUIR E DE VALIDAR TEORIAS.

[PB103] Ensino de epistemologia por contraste de aspectos: discernindo “natureza”, “imagem” e “uso” da ciência

XIII Encontro de Filosofia e História da Ciência do Cone Sul

[03-07 Jun. 2024, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, Foz do Iguaçu, Brasil, Anais, p. 188-189]
PROPOSIÇÃO DE UM DISCERNIMENTO ENTRE TRÊS ÂNGULOS PELOS QUAIS A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO CIENTÍFICO PODERIA SER MIRADA. COM VISTAS A TRABALHAR ESSA DIFERENCIAÇÃO EM CONTEXTOS DE ENSINO, A IDEIA É ESTIMULAR ESTUDANTES A PROBLEMATIZAREM OS ASPECTOS INTERNOS (NORMAS PROCEDIMENTAIS) E EXTERNOS ("PERCEPÇÃO SOBRE" E "USO DE" AS REALIZAÇÕES) DA CIÊNCIA.
[“(...) para o tratamento didático do segundo nível, que chamaríamos de 'imagem da ciência', caberia explorar alguns exemplos de visões reducionistas, desenvolvidas junto à população. Uma epistemologia sobre os imaginários envolve a consideração de conhecimentos em psicologia social – do que redundariam dados esclarecedores acerca do quanto as impressões sobre o que a ciência é (ou deveria ser) não necessariamente correspondem ao que ela, afinal, tem sido.” (189).]
LINK: https://www.afhic.com/pt/caderno-de-resumos/

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

[PB102] Les enseignants de géographie peuvent-ils faire de la communication scientifique ? (Rapport d'une expérience brésilienne)

Colloque International des Didactiques de l'Histoire, de la Géographie et de l'Éducation à la Citoyenneté (CIDHGEC24)

[12-14 Mar. 2024, Université de Nantes, Nantes, França, Anais, p. 40-41]
O OBJETIVO DESSA COMUNICAÇÃO FOI O DE DIVULGAR A INICIATIVA QUE PROFESSOR E ESTUDANTES DE GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA VÊM TENDO DE PROMOVER A IDENTIDADE CIENTÍFICA DA DISCIPLINA, MEDIANTE UM TIPO DE MÍDIA MUITO POPULAR ATUALMENTE: OS PODCASTS (DIFUNDIDOS VIA RÁDIO-WEB). A INTENÇÃO DESSE PROJETO É A DE APROXIMAR ESTUDANTES DE LICENCIATURA E JOVENS PROFESSORES DE ESCOLA, A FIM DE ESTIMULÁ-LOS A PRODUZIR, DE MODO COOPERATIVO, MATERIAIS COM CONTEÚDO EPISTEMOLÓGICO E COM POTENCIAL PEDAGÓGICO. 
[“(...) la conception de matériels utiles aux explorations didactiques s’est appuyée sur l’idée que tirer parti des nouveaux médias numériques pourrait contribuer à une plus grande diffusion auprès du public. Ainsi, en tant que produit de la première saison, des « podcasts» ont été enregistrés traitant de thèmes épistémologiques. Ces matériaux sonores ont été hébergés sur une plateforme en libre accès – une « webradio» que nous appelons Eratosthenes.” (40, g.a.).]
LINK: https://cidhgec24.sciencesconf.org/data/pages/Livret_des_resumes_.pdf

[PB101] Os conceitos de “estilo de pensamento” e “coletivos de pensamento” em Ludwik Fleck: um ensaio de aplicação ao caso da geografia teorética e quantitativa brasileira

Terra Brasilis [Nova Série] (Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica)

[volume 20, p. 1-26, 2023]
DEMONSTRAMOS NESTE ARTIGO QUE OS CONCEITOS DE "DENKSTIL" E "DENKKOLLEKTIV" PODEM SUBSTITUIR, COM MAIS FORMALISMO, O EMPREGO QUE TENDEMOS A FAZER DE EXPRESSÕES VAGAS, QUANDO PRETENDEMOS DESCREVER A CONVERGÊNCIA DE GRUPOS DE GEÓGRAFOS EM TORNO DE CERTAS TEORIAS OU TÉCNICAS.
[extrato: “Nos habituamos a lançar mão de termos tais como 'escola', 'corrente', 'tendência' etc., toda vez que queremos nos referir a um sistema de pensamento (ou a uma prática científica) partilhado(a) por certo grupo ou agremiação discerníveis por época ou localidade (...) Acontece que esse emprego pode estar sendo negligente ou descuidado, no sentido de que não é garantido que seus usuários vão firmar um acordo formal com um sentido estrito para o termo (...) – sentido este atribuído por uma literatura especialista, por exemplo. Por isso, nos parece que a concepção de 'estilo', uma vez que está formalmente proposta por um praticante de ciência que também se inclinou para os estudos teóricos e históricos, acaba se apresentando como um recurso bem mais consistente e confiável do que aquela série de terminologias citadas.” (3)]
Link:https://journals.openedition.org/terrabrasilis/14698

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

[PB100] Em gênero e em número: mulheres difusoras de mudança científica em um episódio da história do pensamento geográfico

Revista Brasileira de História da Ciência (Sociedade Brasileira de História da Ciência)

[volume 16, número 2, p. 679-702, 2023]
AVALIAÇÃO DE UM EPISÓDIO DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA (O CÂMBIO DE PARADIGMA METODOLÓGICO, ENTRE OS ANOS 1950 E 1960) EM SUA MANIFESTAÇÃO NACIONAL (ANOS 1970). DESTACAMOS DOIS POLOS INSTITUCIONAIS DE DIFUSÃO DAS NOVAS PRÁTICAS E LINGUAGENS, SENDO QUE RESSALTANDO O PROTAGONISMO DE UM VISÍVEL COLETIVO FEMININO. PROCURAMOS SUBMETER O CASO À LENTE ANALÍTICA DA EPISTEMOLOGIA FEMINISTA (EM ESPECIAL, SOB À ÓTICA DOS TEXTOS DE SANDRA HARDING). E, INDIRETAMENTE, BUSCAMOS INSINUAR QUE TENDE A HAVER UM IMPASSE INTERPRETATIVO: EXALTAR A ATUAÇÃO NOTÁVEL DE GEÓGRAFAS QUE, CONTUDO, DEFENDERAM UM ESTILO DE METODOLOGIA RELATIVAMENTE RECRIMINADO PELA EPISTEMOLOGIA CRÍTICA.
[extrato: “(...) é possível, realmente, propor que o protagonismo conquistado pelas geógrafas se, por um lado, deixou bastante patentes suas habilidades técnicas e intelectuais (o que desmanchava qualquer impressão de  que  as  mulheres  não  teriam  a  mesma  desenvoltura  com  racionalidade  matemática,  em  comparação a seus colegas), por outro, pode ter sido “fraco” ao repetir um estilo de pensamento já consagrado em outros campos científicos dominados por homens – em especial, o preceito positivista da “universalização” (que, de fato, veta o olhar acerca do que é díspar).” (696)]
Link:https://rbhciencia.emnuvens.com.br/revista/article/view/873/689

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

[PB99] Abordagens geográficas em textos de historiadores da ciência: um programa de pesquisa

Estudos Geográficos (Universidade Estadual Paulista)

[volume 21, número 1, p. 17-38, 2023]
APRESENTAÇÃO DOS PRIMEIROS RESULTADOS DE UM PROJETO DE PESQUISA DE LONGO PRAZO QUE PRETENDE IDENTIFICAR MODOS DE EXPRESSAR A DIMENSÃO ESPACIAL DAS PRÁTICAS CIENTÍFICAS EM LIVROS DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA. O ESTUDO TOMA COMO OBJETO DE ANÁLISE AUTORES MUITO RECONHECIDOS POR TEREM CONTRIBUÍDO À HISTORIOGRAFIA DE SEUS CAMPOS DISCIPLINARES. E O OBJETIVO É SABER SE NOS TEXTOS EXISTEM EXPLÍCITAS OU IMPLÍCITAS REFERÊNCIAS A QUESTÕES A VER COM O CARÁTER SITUADO DA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO OU COM O FATO DAS IDEIAS E DAS TÉCNICAS TRANSITAREM ENTRE DISTINTOS LUGARES. ESSA PRIMEIRA TEMPORADA DO ESTUDO, BASEADA EM CINCO AUTORES, REGISTROU UMA SIGNIFICATIVA OCORRÊNCIA DE MENÇÃO A PAÍSES E CIDADES (INDICANDO UMA  "GEOGRAFIA" DE  ACEPÇÃO BASTANTE TRADICIONALISTA), EMBORA OS AUTORES TAMBÉM DEEM CERTO REALCE A AMBIENTES ESPECIAIS DE EXERCÍCIO INTELECTUAL OU PRÁTICO, TAIS COMO BIBLIOTECAS E HOSPITAIS.
[extrato: “(...) é certo que, se dentro já da própria comunidade de geógrafos não é ponto pacífico a eleição de uma perspectiva prioritária para a realização dos estudos, talvez nem devêssemos esperar realmente que pesquisadores de fora da Geografia viessem a convergir em uma concepção nítida (mutuamente  identificada por eles e reconhecida como válida por nós) sobre o que é o ‘geográfico’ ali em suas explanações.” (35)]

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

[PB98] Aprendendo sobre a natureza da ciência pelos lugares de produção do conhecimento

V Conferência Latinoamericana do IHPST

[09-11 Ago. 2023, UFRGS, Porto Alegre, Anais, 1f.]

SUSTENTAÇÃO DA IDEIA DE QUE ABORDAR A "DIMENSÃO GEOGRÁFICA" DA PRÁTICA CIENTÍFICA - FRISANDO. EM PARTICULAR, O FATO DE QUE ELA SE DÁ EM LUGARES ESPECIAIS - COLABORA AO APRENDIZADO DO CARÁTER COMPLEXO DA CIÊNCIA: ISTO É, O FATO DE SUA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO ENVOLVER, DE UM LADO, ASPECTOS LÓGICOS E NORMATIVOS (QUE SERÃO VERIFICADOS NAS ROTINAS SISTEMÁTICAS DE CADA "LÓCUS") E, DE OUTRO, ASPECTOS MAIS CONJUNTURAIS E EPISÓDICOS (QUE PODERÃO TAMBÉM SER IDENTIFICADOS EM CADA CONTEXTO ESPACIAL ANALISADO).
[extrato: “O 'onde' em que a ciência se realiza permite a exploração de situações espaciais 'híbridas', na medida em que integram tanto a normatividade racional do fazer científico (se pensarmos, por exemplo, nas rotinas técnicas verificadas em saídas de campo ou em experimentos laboratoriais), quanto a força condicionante das circunstâncias em que se insere a prática científica (pensando agora nos problemas locais que estejam exigindo solução ou, então, na acessibilidade a recursos para a pesquisa, diante da conjuntura econômica local). (p. 1)]
Link: https://www.researchgate.net/publication/373120089_Aprendendo_sobre_a_natureza_da_ciencia_pelos_lugares_de_producao_do_conhecimento