segunda-feira, 31 de março de 2008

[PB7] Pensamento geográfico brasileiro: os predicados de Speridião Faissol (1923-1995)

Geouerj (Rio de Janeiro/RJ)
[número 15/16, p. 59-71, 2004]
*publicado também na forma de capítulo em 2003, sob o título Neopositivismo na geografia brasileira: parafraseando o pensamento de Speridião Faissol (1923-1995) [sic]
UMA PANORÂMICA DA PRODUÇÃO INTELECTUAL DO GEÓGRAFO BRASILEIRO, RESSALTANDO O PAPEL QUE JOGOU NA DIFUSÃO DOS PRECEITOS DA "GEOGRAFIA TEORÉTICA E QUANTITATIVA" NA CENA DOMÉSTICA. SÃO SUBLINHADOS OS CARACTERES DISTINTIVOS DE SEU PENSAMENTO A PARTIR DE UMA SELEÇÃO DE OBRAS EPISTEMOLOGICAMENTE SALIENTES. DOS EXTRATOS DE TEXTUALIZAÇÃO ESTIMA-SE QUE SEJA POSSÍVEL DEDUZIR, TANTO A CONSISTÊNCIA DE SEU JUÍZO ACERCA DO SIGNIFICADO DA "NOVA GEOGRAFIA", QUANTO A PARCIMÔNIA COM QUE AVALIA AS VIRTUAIS IMPLICAÇÕES DO MOVIMENTO.

["Bem, a linguagem sistêmica, tendo encontrado campo fértil primeiramente no campo da termodinâmica (ramo especializado da Física), estendeu-se, analogicamente, para o estudo dos organismos vivos; daí não precisou saltar muitas fronteiras até atingir em cheio a Geografia dos anos sessenta (às voltas com uma formalização conceitual próspera). Não duvidamos, portanto, que um claro indício neopositivista em Faissol há de ser precisamente esse seu manejo consciente com a linguagem em sistemas." (p. 64)]
{ERRATA: Faissol, em verdade, faleceu no ano de 1997 (a informação correta consta em nossa Dissertação de Mestrado - REIS JÚNIOR, 2003 -, consagrada a seu pensamento geográfico)}
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segunda-feira, 24 de março de 2008

[PB6] O humano pelo viés quantitativo: um exame do (neo)positivismo em Speridião Faissol, através da leitura de textos selecionados

Dissertação de Mestrado
[Instituto de Geociências e Ciências Exatas, IGCE/UNESP, Rio Claro/SP, 2003, 141f.]
TRATAMENTO SIMULTÂNEO DA DIFUSÃO DA ESCOLA "TEORÉTICO-QUANTITATIVISTA" NA GEOGRAFIA BRASILEIRA (ASPECTO ABORDADO MEDIANTE ANÁLISE DE UMA OBRA AUTORAL) E DAS IMPLICAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS DO USO DE LINGUAGEM MATEMÁTICO-FISICISTA NO SUBCAMPO "HUMANO" DA DISCIPLINA. ESTE DUPLO OBJETO DE PESQUISA REDUNDA NUM PRODUTO TEXTUAL QUE REÚNE MATÉRIAS TANGENTES ENTRE SI: A SOCIOLOGIA DO PENSAMENTO CIENTÍFICO, UMA METODOLOGIA PARA A LEITURA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO, O ALICERCE FILOSÓFICO DAS ESCOLAS, A MODELAGEM ABSTRATA DO HUMANO.
["Podemos dizer que a Nova Geografia (a Geografia Teorética e Quantitativa ou, quem sabe mais apropriadamente, a Geografia Neopositivista) trouxe a possibilidade da medição precisa; os fatos até então eram objetivamente conhecidos, mas apenas subjetivamente explicados. Ganhou-se mais produtividade e estímulo à criação, embora, em contrapartida, o trabalho tenha se tornado muito mais complexo e cheio de riscos. Infelizmente, houve um pouco de confusão no entendimento do significado da renovação metodológica. Simplificações - como a de dizer que o que acontecia resumia-se simplesmente no repúdio ao dado sensorial, à percepção intuitiva, ou aos casos individualizados em prol, respectivamente, da medição por instrumentos, da análise racional ou dos fenômenos de contínua variância - não contribuíram muito para o entendimento da essencialidade do movimento." (p. 41)]
LINK: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/95689

segunda-feira, 17 de março de 2008

[PB5] Visão alienígena dos trópicos: o caso da ótica francesa em Pierre Gourou

De Littera et Scientia (Jaboticabal/SP)
[volume 5, número 1, p. 85-90, Outubro 2002]
ILUSTRAÇÃO DO MODO (EM GERAL, PESSIMISTA) COMO A ÓTICA "CIENTÍFICO-ACADÊMICA" FRANCESA ENXERGA A REALIDADE TROPICAL: CARACTERES BIO-FÍSICOS CONDICIONANDO O ESTADO ATUAL DOS GRUPOS HUMANOS ... E COMPROMETENDO SEU FUTURO. A TENDÊNCIA INTERPRETATIVA, EXEMPLIFICADA COM A OBRA "LES PAYS TROPICAUX: PRINCIPES D'UNE GÉOGRAPHIE HUMAINE ET ÉCONOMIQUE", 1953, DE PIERRE GOUROU (1900-1999), PARA EFEITO DE ANÁLISE COMPARATIVA, É ACOMPANHADA DO EXAME DE UMA IMPORTANTE OBRA DE MARSTON BATES (1906-1974, NORTE-AMERICANO), EM SUA EDIÇÃO EM LÍNGUA FRANCESA ("LES TROPIQUES: L'HOMME ET LA NATURE ENTRE LE CANCER ET LE CAPRICORNE", 1953 - EDIÇÃO ORIGINAL DE 1952).
["Suas considerações sobre a salubridade e a dificuldade de uma adaptação psíquica e física do 'homem branco' (entenda-se europeu) são claramente recheadas de preconceitos, muito embora tenha havido quem pusesse panos quentes, enxergando no pensamento de Gourou indiscutível fundamento empírico e sensatez em certos aspectos." (p. 90)]
{ERRATA: "... never comes", e não "... commes" (p. 85)}
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segunda-feira, 10 de março de 2008

[PB4] Duas razões para aniquilar a geografia; uma para preserva-la. O modelo das "supra-esferas", a deriva criativa e o ocaso do puritanismo

XIII Encontro Nacional de Geógrafos (João Pessoa/PB)
["Por uma Geografia Nova na Construção do Brasil", 21-26 Jul. 2002, AGB/UFPB, Anais, 8f.]
[Espaço de Diálogo "Epistemologia do Pensamento Geográfico", 23 Jul.]
ENSAIO NO QUAL A GEOGRAFIA É APRESENTADA COMO NÃO-CIÊNCIA, NA MEDIDA EM QUE CARECE DE ARRANJO TEÓRICO RELATIVAMENTE CONSENSUAL (RAZÃO UM) E ENCERRA CONCEITOS POLISSÊMICOS (RAZÃO DOIS). MAS, APESAR DISSO, SUSTENTA-SE QUE A DISCIPLINA, POR POSSUIR UM PADRÃO EVOLUTIVO BASTANTE PECULIAR (FEITO DE TENTATIVAS DE COESÃO EPISTEMOLÓGICA PERSEVERANTES), PODE SERVIR DE EXEMPLO A SER AVALIADO PELA FILOSOFIA DA CIÊNCIA. FAZ-SE TAMBÉM UMA APOLOGIA DA APROXIMAÇÃO CONCEITUAL ENTRE AS CIÊNCIAS TODAS (MODELO DAS SUPRA-ESFERAS, OU "S-ESFERAS").
["Nas s-esferas convivem idéias, conceitos, teorias, postulados, axiomas, leis, métodos, episódios, programas de pesquisa e o que for, mas sem o compromisso de se relacionarem (a não ser, é claro, aquele conjunto de argumentos que constitua um estudo bem definido: uma teoria, seus pressupostos e implicações diretas). Proposições ambiciosas, experimentais, evidentes, suspeitas e mesmo ambíguas encontram-se num campo sem disputas. Temos, portanto, uma condição de 'apaziguamento', na qual as perspectivas teóricas não são melhores ou piores, mas estão todas 'absolvidas'." (p. 4)]
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segunda-feira, 3 de março de 2008

[PB3] A atividade turística ao alcance do rural familiar, ou, por que não adianta só a ambição?

III Congresso Internacional sobre Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentável (Santa Cruz do Sul/RS)
[EDUNISC, 2002, Anais, p. 144-148 - coautoria: Ana Rute do VALE, UNIFAL/MG]
TRATAMENTO DA MATÉRIA SOB O PONTO DE VISTA DE QUE A ATIVIDADE - SENDO UMA ALTERNATIVA, PROVAVELMENTE, APENAS CIRCUNSTANCIAL - NÃO DEVE SER ENCARADA COMO SOLUÇÃO DEFINITIVA ÀS (TAMBÉM CIRCUNSTANCIAIS) CONJUNTURAS SÓCIO-ECONÔMICAS.
["... o turismo rural, embora pareça ser um excelente modo de gerar renda, ainda que provisório, vai requerer de seus empreendedores raciocício estratégico e ciência das limitações econômicas e ecológicas que o negócio fatalmente compreende." (p. 147)]
{ERRATA: há referências autorais no corpo do texto com complementos latinos inapropriados}
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