segunda-feira, 12 de maio de 2008

[PB13] O "princípio da demarcação" como uma justificativa para a ocorrência da percepção e da natural ansiedade por explicações que abrandam dores

Simpósio Nacional sobre Geografia, Percepção e Cognição do Meio Ambiente
["Homenageando Lívia de Oliveira", 08-10 Jun. 2005, UEL, Anais, 15f.]
PROPOSIÇÃO DE UM MODELO TEÓRICO SEGUNDO O QUAL HAVERIA UMA "SITUAÇÃO DE PARTIDA" QUE, CARACTERIZADA PELO SENTIMENTO DESESPERADOR DO NÃO-ENTENDIMENTO ("ANGÚSTIA"), DEMARCA/CONCRETIZA (FORJANDO) UMA AMBIÊNCIA RECONFORTANTE. ESTA AMBIÊNCIA, POR EFEITO DECORRENTE DO ESTRATAGEMA INTELECTUAL, ABARCA UM "CENÁRIO ARMADO". CABE, ENTÃO, AO MESMO INTELECTO DESMONTAR O ARTIFÍCIO, POIS FAZENDO-O CRITERIOSAMENTE (OU, "CIENTIFICAMENTE"), DEVE CONSEGUIR COMPREENDER A "ORDEM" QUE ELE MESMO FOI CAPAZ DE ENGENDRAR.
["Com um espaço ao mesmo tempo mantido, sondado e especulado, garantimos a ocorrência daquelas experiências estéticas e, por conseqüência, o afastamento da primeira consciência [incompreensibilidade]. Emocionamo-nos antes pelo modo como nossa noção está assentada - isto é, pela possibilidade de que os fenômenos apresentem significado (e este fato causa prazer, surpresa e simpatia cautelosas: deleite comedido) -, que pela ação direta e intencional de um improvável espaço que queira efetivamente nos confortar." (p. 9)]
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