terça-feira, 18 de novembro de 2008

[PB30] Rio Claro, semanas de outono. Como ensinar "HPG" em sessenta horas? (Relato de uma experiência não incomum)

Geografia (Rio Claro/SP)
[volume 33, número 2, p. 365-387, Maio/Ago. 2008]
NOTA PELA QUAL RELATAMOS AS ETAPAS DE PROJETO E EXECUÇÃO DE UM PLANO DE ATIVIDADES EM DISCIPLINA. COMPREENDENDO IMPASSES, REAJUSTES, CONTORNOS E EQUÍVOCOS, A NARRATIVA É TAMBÉM UMA PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DE TÓPICOS RELEVANTES E LITERATURAS-GUIA PERTINENTES.
["Percepção espontânea, vimos que o mais acertado seria falar aos alunos sobre pg pelo que nos dissessem autores possíveis de vincular às escolas de pensamento. Isso quis dizer: ao invés de optar pelas obras modestas que tratam diretamente da HPG (pelos compêndios, numa palavra), recorrer ao expediente da leitura pontual de nomes associáveis àquelas transformações e episódios aludidos há pouco. Bem, mas além desta opção significar um pequeno artifício - a fim de fugir da leitura exclusivista -, a subversão de uma escolha mais simples traria (era nossa aposta!) a chance de um exercício reflexivo com maior grau de exigência. A impressão nos pareceu óbvia: os alunos, então, não estariam reféns de uma versão pronta da História." (p. 366)]
LINK: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/3129

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

[PB29] O geógrafo jornalista: a função "noticiária" (de obras e eventos) em geografia física

V Seminário Latino-americano e I Íbero-americano de Geografia Física
["Aproximando Experiências para a Sustentabilidade de um Ambiente Globalizado", 12-17 Maio 2008, UFSM, Anais, p. 4569-4583]
POR MEIO DO EXEMPLO DA PRODUÇÃO INTELECTUAL DE UM AUTOR ESPECÍFICO (A. CHRISTOFOLETTI, 1936-1999), COMENTAMOS A RELEVÂNCIA QUE, EM DADAS CIRCUNSTÂNCIAS, O PAPEL "JORNALÍSTICO" PODE TER NA DIVULGAÇÃO DE NOVIDADES CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS. ESSA RELEVÂNCIA DEMONSTRA, INDIRETAMENTE, O QUANTO O ESTILO DO TEXTO (SEJA UMA RESENHA CRÍTICA, SEJA UM NOTICIÁRIO SOBRE ENCONTRO CIENTÍFICO), APESAR DA NATUREZA DAS INFORMAÇÕES VEICULADAS, PODE TER A FORMA DE UM ARGUMENTO QUASE LITERÁRIO.
["Então, o pesquisador-escritor age por desígnios e, mirando o alvo à distância, opera na crença de que sua obra cumpre, no mínimo, uma função honesta. O processo, deste modo, está condicionado pela existência de um leitor a seduzir/atender. Um leitor idealizado, está claro. Mas, adicionalmente, há toda a ambiência não-inerte da história (marcas resistentes do passado, sinais recentes do presente). Logo, não menos um condicionamento de ordem institucional, e que reflete em larga medida valores já suspensos no ar. A manifestação do 'jornalista', no final, é uma advocacia." (p. 4570)]
SOLICITE UMA CÓPIA! (dantereis@unb.br)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

[PB28] Rotinas técnicas, fundações filosóficas, modelos de evolução - três campos de investigação viáveis e subaproveitados de pesquisa em HPG

I Colóquio Brasileiro de História do Pensamento Geográfico
[27-30 Abr. 2008, UFU, Anais, 11f.]
COMUNICAÇÃO PELA QUAL APONTAMOS HAVER TRÊS GRANDES MATÉRIAS DE PESQUISA POUCO EXPLORADAS EM "HPG" - AS QUAIS, ENVOLVENTES DE CERTOS PARTICULARISMOS E CUIDADOS, DÃO MARGEM A SE CONSIDERAR O VALOR PEDAGÓGICO QUE TERIAM OS TESTEMUNHOS DE EXPERIÊNCIAS PESSOAIS COM ELAS: PROCEDIMENTOS E MEDIDAS PARA A ANÁLISE TEXTUAL; APRECIAÇÕES RELATIVAS AO ALINHAMENTO DOS DISCURSOS A DETERMINADAS PREMISSAS DE SISTEMAS DE PENSAMENTO; E CONJECTURA A RESPEITO DA HIPÓTESE DE UM DESIGN-MÉDIO PARA A FORMA COMO EVOLUEM AS ESCOLAS OU CORRENTES.
["Nos referimos à simultânea carência de registros (sob a forma de compêndios didáticos ou propedêuticos) que tratem mais explícita e instrutivamente das questões: 1a) da processualística metodológica (como praticar a HPG?), 2a) do diagnóstico da filiação filosófica dos discursos (como aventar a natureza do 'P'?) e 3a) da dinâmica evolutiva das escolas (como codificar os mecanismos da 'H'?). Esta comunicação é o resultado de um exercício reflexivo acerca das três constatações." (p. 1)]
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

[PB27] Pensamento geossistêmico oriental (voz e reverberação)

Geografia (Rio Claro/SP)
[volume 32, número 3, p. 555-569, Set./Dez. 2007 - segundo autor: Jacques Hubschman, Universtité de Toulouse II/França]
ENSAIO DE UMA SINOPSE SOBRE A EVOLUÇÃO DA TEORIA GEOSSISTÊMICA, TOMANDO COMO REFERÊNCIA PRIMAZ SUA LEITURA SOVIÉTICA. TENTA-SE DEDUZIR O DESENCADEAMENTO DE SOFISTICAÇÕES E NOVOS ASPECTOS (INDIRETAMENTE, SUGERINDO UM SEMI-PARALELISMO ENTRE AS PERSPECTIVAS RUSSA E FRANCESA).
["Numa época em que a territorialidade tinha influência direta nos sucessos geopolíticos, pontos inquietantes (e com ela relacionados) punham a ciência do espaço a serviço das planificações de governo. Governo que, a fim de favorecer o estudo das paisagens, investiria na criação de estações de pesquisa. Qualificadas como 'físico-geográficas complexas', elas favoreceram, pela prática das simulações, a investigação de propriedades temporais - o que, realmente, era impossível de ser executado no campo. Entre as décadas de sessenta e setenta, existia já quase uma dezena de estações (seis, por exemplo, vinculadas ao Instituto de Geografia da Sibéria e do Extremo Oriente; uma, à Universidade de Tbilisi, em Martkopi; outra, à de Moscou)." (p. 558)]
LINK#1: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/1569
LINK#2: http://repositorio.unb.br/handle/10482/6707

domingo, 28 de setembro de 2008

[PB26] História do pensamento geográfico: narrativa de uma pesquisa

VII Encontro Nacional da ANPEGE
[24-27 Set. 2007, UFF, Anais, 12f.]
COMENTÁRIO DESCRITIVO DAS ETAPAS SUCESSIVAS DE UMA DE PESQUISA EM "HPG". A EXPERIÊNCIA É RELATADA NO ESPECÍFICO PROPÓSITO DE NOTICIAR NÃO SÓ O PROJETO, MAS SOBRETUDO OS EMBARAÇOS ADVINDOS QUANDO DE SUA EXECUÇÃO, BEM COMO OS EXPEDIENTES RECORRIDOS A FIM DE ATENUA-LOS. TRATA-SE, POIS, DE UMA COMUNICAÇÃO INSINUANTE DA "UNIVERSALIDADE" DAQUILO QUE APENAS APARENTEMENTE SERIAM IDIOSSINCRASIAS DA PESQUISA. OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM HPG CARECERIAM AINDA DE AJUSTES (BASEADOS, ESTES, NO ACÚMULO DE OUTRAS SEMELHANTES NARRATIVAS).
["Havia, pois, um tema geral ('assunto-fim', a-f) a ser tratado. Sumariando-o: o recurso à analogia naturalista nas ciências humanas - objeto que, de genérico em demasia, precisaria ser pulverizado. A saída, então, foi decidir por um 'caso-meio' (c-m); pensar: através do quê a análise do tema pode ser veiculada? Pois é quando os textos autorais interrompem o risco da titubeação! Porque eles, carregadores de visões de mundo (formas de entendimento amplamente popularizadas ou eminentemente científico-adstritivas), são um canal favorável ao plano de detectar a manifestação concreta de diretrizes teóricas (quer dizer, a expressão - publicada, ademais - de modos alternativos de exibi-las)." (p. 5)]
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[PB25] A filosofia (neo)positivista e a geografia quantitativa

Contribuições à história e à epistemologia da geografia (Org.: Antonio Carlos Vitte)
[Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. 294p. (p. 85-99) - primeiro autor: José Carlos Godoy CAMARGO, UNESP/Rio Claro]
CAPÍTULO INTEGRANTE DE OBRA-COLETÂNEA, ORGANIZADA EM TORNO DE TEMAS DE PESQUISA EM HISTORIOGRAFIA E CONCEITOS GEOGRÁFICOS. NOSSA CONTRIBUIÇÃO DIZ RESPEITO À ESCOLA DE PENSAMENTO CUJOS ALINHADOS, APARENTEMENTE, TERIAM ASSIMILADO IDEÁRIOS POSITIVISTAS (CLÁSSICOS E/OU LÓGICOS) - DENTRE OS QUAIS, O DA UNIDADE METODOLÓGICA E O DO REGRAMENTO LINGÜÍSTICO.
["Os geógrafos passaram a utilizar metodologias idênticas ou análogas (neste caso, mediante adaptação de terminologias e/ou variáveis) àquelas amplamente verificadas em ciências exatas. Eis uma evidência da clara incorporação do preceito neopositivista (se bem que herdado de sua matriza genuína sem grandes reparos) do monismo metodológico." (p. 95)]
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

[PB24] As pesquisas em história do pensamento geográfico no Brasil: casos recentes mais uma ilustração temática

XIV Simpósio Nacional de História
["História e Multidisciplinaridade: territórios e deslocamentos", 15-20 Jul. 2007, UNISINOS, Anais, 8f.]
COMENTÁRIO PUBLICITÁRIO SOBRE OS ATUAIS E MAIS EXPRESSIVOS EIXOS TEMÁTICOS QUE, DESENVOLVIDOS NA FORMA DE TRABALHOS ACADÊMICOS JUNTO A PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA, TÊM CONTRIBUÍDO À CONSOLIDAÇÃO DA LINHA DE PESQUISA "HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO", EM INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS. A FIM DE ILUSTRAR ESSE DESENVOLVIMENTO (BEM COMO INTENTANDO FAZER MENÇÃO A PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS RELEVANTES), A COMUNICAÇÃO COMPREENDE UM EXEMPLO TEMÁTICO: O FATOR CONTEXTUAL NO ESTABELECIMENTO DE UMA ESPECÍFICA ESCOLA DE PENSAMENTO (A "GEOGRAFIA TEORÉTICA E QUANTITATIVA").
["Na verdade, o enriquecedor (por mais que complexo) é tentar empreender uma costura entre o pensamento incorporado pelos autores e a situação histórica que dá margem, justamente, às criações intelectuais e ao entendimento delas. Notabilizada fica a empresa porque - se aguarda - dela resultará um substrato informativo passível de ser vinculado, simultaneamente, a uma época e a uma autoria; dado útil como referência na avaliação de outras teorizações (contemporâneas ou pretéritas)." (p. 3)]
LINK: http://anais.anpuh.org/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S24.0101.pdf

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

[PB23] Conversas sobre o pensamento: Georges Bertrand e a erradia geografia (entrevista em gabinete)

Geografia (Rio Claro/SP)
[volume 32, número 2, p. 500-513, Maio/Ago. 2007]
ENTREVISTA POR MEIO DA QUAL PROCURAMOS SABER DAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE LEVARAM O GEÓGRAFO FRANCÊS A EMPENHAR-SE EM VALIDAR UMA TEORIZAÇÃO GLOBAL EM GEOGRAFIA FÍSICA. COMPREENDENDO, ADEMAIS, ASSUNTOS TANGENTES, SEU DEPOIMENTO FRISA AS RECORRENTES PERDAS DE OCASIÃO QUE PARECEM, TRISTEMENTE, CARACTERIZAR A HISTÓRIA DA DISCIPLINA.
["Na França, a Nova Geografia foi considerada uma espécie de revolução. Acho que foi interessante, mas aqueles que a praticaram 'bloquearam' as instituições, os escritórios de referência. Todo um lobby foi criado e com isso não estive de acordo. E, veja, um lobby anti-naturalista! O que é curioso, por sinal. Não entendo por que a Nova Geografia teria de ser anti-naturalista. Eliminaram categoricamente a Geografia Física!" (BERTRAND apud REIS JÚNIOR, p. 507)]
LINK: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/1477

segunda-feira, 14 de julho de 2008

[PB22] História de um pensamento geográfico: Georges Bertrand

Geografia (Rio Claro/SP)
[volume 32, número 2, p. 363-390, Maio/Ago. 2007]
ARTIGO PELO QUAL FAZEMOS UMA SINOPSE DA TRANSFORMAÇÃO DO PENSAMENTO DO GEÓGRAFO FRANCÊS GEORGES BERTRAND. POR TER SIDO O ARTÍFICE DE UMA VERSÃO OCIDENTAL PARA A TEORIA DOS "GEOSSISTEMAS", O ARTIGO LHE É CONSAGRADO ESPECIALMENTE NO ASPECTO DA MUDANÇA CONCEITUAL QUE PARECE SE VERIFICAR NO SEU DISCURSO - MUDANÇA QUE TENDE A REVELAR VISÃO APRIMORADA DO PRÓPRIO TERMO "GEOSSISTEMA". ESTE ARTIGO CONSTITUI A SEGUNDA PARTE DA "TRILOGIA" DEDICADA A SUMARIAR A PRODUÇÃO INTELECTUAL DE BERTRAND - PRODUTO INSPIRADO POR NOSSA TEMPORADA DE ESTÁGIO JUNTO AO LABORATÓRIO "GEODE".
["O início da década dos oitenta é também uma etapa de transformação no pensamento de Bertrand. O que, durante os setenta, era 'unidade de paisagem' (atestanto, por conseguinte, o caráter genérico desta), agora ganhava um outro sentido. A paisagem seria uma 'leitura sócio-cultural' do geossistema, embora não menos uma estrutura objetiva e concreta como ele próprio representaria; então, a idéia que antes estava implícita - de conjunto/subconjunto - se desfaz, dado que o geossistema (em vias de ser reservado ao fato natural) não seria mais, digamos assim, um tipo específico de paisagem. Trata-se de uma pequena inflexão, mas que terá (veremos ainda) efeito apreciável anos à frente. Ademais, a virada do termo no sentido da cultura, abria em Bertrand a chance de firmar passarelas entre estudos paisagísticos de várias ordens ('estetismo', 'ecologismo'). Entendamos precisamente, o francês estava separando um conceito 'científico' (o geossistema) de outro, 'sócio-cultural' (a paisagem). A epistemologia estava, deste modo, alterada em seu discurso." (p. 378)]
LINKhttp://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/1461

terça-feira, 8 de julho de 2008

[PB21] As atividades do laboratório GEODE (Universidade de Toulouse II, França)

Geografia (Rio Claro/SP)
[volume 32, número 1, p. 252-255, Jan./Abr. 2007]
NOTA PELA QUAL NARRAMOS BREVEMENTE A CRIAÇÃO DO LABORATÓRIO TOULOUSEANO "GÉOGRAPHIE DE L'ENVIRONNEMENT", VINCULADO AO "CENTRE NATIONAL DE RECHERCHE SCIENTIFIQUE" (UMR 5602). O COMENTÁRIO DE SEUS ANTECEDENTES - MUITO TRIBUTÁRIOS DA INICIATIVA DE GEORGES BERTRAND - SÃO SEGUIDOS DE UMA REFERÊNCIA ÀS PRINCIPAIS LINHAS DE PESQUISA ATUALMENTE DESENVOLVIDAS ALI. ADEMAIS, ESTA NOTA CONSTITUI A PRIMEIRA PARTE DA "TRILOGIA" DEDICADA A SUMARIAR A PRODUÇÃO INTELECTUAL DE BERTRAND - PRODUTO INSPIRADO POR NOSSA TEMPORADA DE ESTÁGIO NESSA INSTITUIÇÃO FRANCESA.
["O grupo que hoje permanece sob a denominação de 'Geografia do Ambiente' foi criado no ano de 1969 por Bertrand e um pequeno contingente de professores; entre eles, mandarins como Bernard Kaiser. A verdade é que o contexto acadêmico francês, acometido pelos efeitos da 'revolução' eclodida na primavera do ano anterior, vira começar a se falar em 'interdisciplinaridade'. Logo, o emblemático 1968 faria fortalecer certas práticas que até então só ocorriam com raridade. Os Séminaires seriam realizados com periodicidade cada vez maior; e é justamente confiando no papel construtivo deles que Bertrand (divulgando suas pesquisas por esta modalidade congregante já desde 1966, autorizado pelo Diretor do Instituto de Geografia à época, o clarividente François Taillefer) propôs a fundação do grupo científico - firmado, pois, sobre esta idéia de que o adjetivo não se concretiza senão por uma teia de saberes." (p. 252)]
LINK: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/1448

segunda-feira, 30 de junho de 2008

[PB20] Para relembrar, cinqüenta anos depois, a empresa teorética em geografia: registros inaugurais nos AAAG e episódios ilustrativos

Geografia (Rio Claro/SP)
[volume 32, número 1, p. 241-252, Jan./Abr. 2007]
NOTA CONSAGRADA ÀS PRIMEIRAS INICIATIVAS TEXTUAIS, GRADATIVAS DEFINIDORAS DAQUILO QUE VIRIA A SE CONSTITUIR COMO UMA VERDADEIRA "REVOLUÇÃO METODOLÓGICA" EM GEOGRAFIA. ENFATIZAMOS ESPECIALMENTE OS ARTIGOS CONTIDOS NOS NÚMEROS DO "ANNALS OF THE ASSOCIATION OF AMERICAN GEOGRAPHERS", ENTRE 1953 E 1956.
["Emrys Jones, Professor da Queen's University, Irlanda do Norte, publica neste último fascículo de 1956, interessantíssimo artigo em cuja primeira página já ia tratando de desmistificar a questão da liberdade de escolha - o que, se supunha, contribuía e muito na negação do determinismo ambiental. Lembremos: uma das razões causadoras da celeuma entre as teses antípodas monográfica (da escola francesa) e legislativa (da alemã) tinha a ver com o postulado de que o arbítrio extirpava qualquer esperança de validar leis em Geografia." (p. 247)]
LINK: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/1447

terça-feira, 24 de junho de 2008

[PB19] Cinqüenta chaves. O físico pelo viés sistêmico, o humano nas mesmas vestes ... e uma ilustração doméstica: o molde (neo)positivista ...

Tese de Doutorado
[Instituto de Geociências, IG/UNICAMP, Campinas/SP, 2007, 481f.]
TRATAMENTO SIMULTÂNEO DA HISTÓRIA (E IMPLICAÇÕES FILOSÓFICAS) DA APROXIMAÇÃO CONCEITUAL ENTRE CIÊNCIAS NATURAIS E SOCIAIS ... E DO CASO DA GEOGRAFIA, ENFATIZADO ESPECIFICAMENTE PELA ESCOLA TEORÉTICO-QUANTITATIVISTA. RELACIONADAS A ESSA "GTQ", HÁ A ILUSTRAÇÃO DE UMA OBRA AUTORAL (INSPECIONADA ENQUANTO VEICULANTE DE UMA APOLOGIA DAQUELA APROXIMAÇÃO) E O INDICIAMENTO DA CONSERVAÇÃO - INSTAURADA A ESCOLA - DE UM PROJETO DE UNIDADE LINGÜÍSTICA.
["Reafirmando a utilidade dos analogismos, complexidade e incerteza continuam sendo versadas pondo-se reparo na epistemologia naturalista. A particularidade da restrição das antecipações (que desejam precisar os efeitos da intervenção humana nos sistemas urbano e ambiental) é o que mantém útil a aproximação daqueles modelos cunhados junto às ciências físicas e biológicas." (p. 202)]
LINK: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/287393/1/ReisJunior_DanteFlaviodaCosta_D.pdf

segunda-feira, 16 de junho de 2008

[PB18] Valores e circunstâncias do pensamento geográfico brasileiro: a geografia teorética ponderada de Speridião Faissol

Geografia (Rio Claro/SP)
[volume 31, número 3, p. 481-504, Set./Dez. 2006]
DIVULGAÇÃO, SOB A FORMA DE ARTIGO, DA MATÉRIA-FOCO DE NOSSA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. TRATA-SE, PORTANTO, DA SINOPSE DOS DOIS ASPECTOS COMPREENDIDOS PELA PESQUISA REALIZADA AO LONDO DO PERÍODO 2001/2003: 1) O CONTEXTO HISTÓRICO QUE AMBIENTA A PRODUÇÃO INTELECTUAL DE SPERIDIÃO FAISSOL (1923-1997) - OU, A HISTÓRIA DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA, CONSIDERANDO A OCORRÊNCIA BRASILEIRA DA GEOGRAFIA TEORÉTICA E QUANTITATIVA - E 2) AS IMPLICAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS DO CONTEÚDO TEÓRICO-CONCEITUAL DESSA PRODUÇÃO - OU, A FILOSOFIA DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA, ATENTANDO PARA O CASO "GTQ".
["Faissol exerceu inúmeras atividades de natureza acadêmica. Ministrou disciplina de Métodos Quantitativos no curso de Mestrado em Geografia, na UFRJ, e auxiliou em cursos de aperfeiçoamento de professores (cursos organizados pelo IBGE), quando então lhe coube o ensino de alguns métodos quantitativos e a comunicação da estratégia, defendida pela esfera do Poder Público Federal, de promover o crescimento econômico das regiões brasileiras ociosas. Também teve uma atuação junto à Comissão de Geografia do IPGH (Instituto Pan-Americano de Geografia e História) com a qual organizou um texto básico sobre tendências na Geografia (conceitos e métodos), visando a instrução de geógrafos latino-americanos." (p. 486)]
LINK#1: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/1377
LINK#2: http://repositorio.unb.br/handle/10482/5919

quinta-feira, 5 de junho de 2008

[PB17] Esperando a teoria: do holismo geo-sistêmico aos geossistemas

VI Simpósio Nacional de Geomorfologia
["Geomorfologia Tropical e Subtropical: processos, métodos e técnicas", 06-10 Set. 2006, UFG, Anais, 11f.]
CARACTERIZAÇÃO DE DUAS LEITURAS DISTINTAS SOBRE O ARRANJO SISTÊMICO DA PAISAGEM E SUA POTENCIAL PERTURBAÇÃO PELA INGERÊNCIA SOCIAL. É ARGUMENTADO QUE, APESAR DE AMBAS CONTEMPLAREM OS PRESSUPOSTOS DA INTERATIVIDADE E DA CORRELAÇÃO ENTRE ELEMENTOS CONSTITUINTES, NENHUMA DELAS RESOLVE A CONTENTO O PROBLEMA DE PRECISAR A EXATA FUNÇÃO DE CADA UM DELES NO JOGO CONSTITUTIVO.
["Falamos do desacordo no que tange à estipulação do peso que uma ou outra variável têm na dinâmica do sistema. Ao que tudo indica, o papel do clima é o tema da discórdia mais longeva. Rivalizando com a tese de que ele atua 'de fora', uma corrente procura lembrar que suas componentes zonais (aquelas que explicariam circulações regionais) o projetariam 'para dentro', dando margem não apenas à sua influência direta nos processos internos, mas, inclusive, à sua própria alteração (sofrida por antropogênese)." (p. 6)]
LINK: http://www.labogef.iesa.ufg.br/links/sinageo/articles/466.pdf

quarta-feira, 4 de junho de 2008

[PB16] A filosofia (neo)positivista - que, se infiltrando na geografia, fez dos ambientes "sistemas" (de natureza e de homens)

VI Encontro Nacional da ANPEGE
[28-30 Set. 2005, UFC/UECE, Anais, 15f.]
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA DOUTRINA FILOSÓFICA "POSITIVISMO" (CLÁSSICO E LÓGICO), E SUA PROVÁVEL INOCULAÇÃO NO DISCURSO DA NEW GEOGRAPHY. É SUSTENTADO QUE ESSA INFLUÊNCIA TERIA INSTAURADO O USO FORMAL DA ABORDAGEM SISTÊMICA ... E PRINCIPALMENTE PELO PRESSUPOSTO DE QUE AS "ORGANIZAÇÕES ESPACIAIS" FUNCIONARIAM À BASE DE "PARÂMETROS DE ORDEM".
["O pensamento (neo)positivista introduz na Geografia a pretensão de uma linguagem rigorosa, testável por regras sintáticas. Desta forma, a disciplina ganhava ares de ciência pragmática, uma vez que explanasse sobre as fenomenologias de interesse (do quadro físico, do âmbito social) se valendo da espécie de comunicação intrínseca aos modelos fisicistas e às operações matemáticas. Quatro 'transmissões' se replicaram da filosofia (neo)positivista no campo geográfico: além da própria matematização e do rigor lingüístico, a postura apriorística e a prática analógica. Então, o que ficou conhecido como 'Nova Geografia' pode bem se resumir em (respectivamente): manuseio de técnicas quantitativas, recurso ao dialeto sistêmico, trabalho com modelos hipotéticos e com teorias que prevêem mecanismos de funcionamento potencialmente generalizáveis." (p. 13-14)]
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domingo, 25 de maio de 2008

[PB15] Sobre como, no Brasil, a geografia teorética soube não ser alienante: explanação quantitativa do social em temas urbanos e agrários

IGU, International Geographical Union - Conference
["The Global Challenge and Marginalization", 19-23 Set. 2005, UFRN, Anais, 23f.]
*publicado também na forma de capítulo, em 2008, no terceiro volume do livro Globalização e marginalidade (livro 3: Desenvolvimento, na teoria e na prática)]
EXPOSIÇÃO DE ARGUMENTOS ATRAVÉS DOS QUAIS SERIA POSSÍVEL ATESTAR COMO INDEVIDAS AS CRÍTICAS FEITAS À EMPRESA TEORÉTICA EM SUA VERSÃO BRASILEIRA. O USO DE MODELOS SISTÊMICOS E DE TÉCNICAS MATEMÁTICAS - A FIM DE DESCREVER FENÔMENOS DE ESPACIALIZAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA -, TENDO SE DADO, NO PAÍS, EM CONTEXTO POSTERIOR À ETAPA DE MAIORES EUFORIAS, PÔDE CONTAR COM APLICAÇÕES JÁ SELETIVAS, EM TERMOS DE SEU ALCANCE E DAS RESERVAS NECESSÁRIAS.

["O normal - para felicidade do bom senso - foi o uso da quantificação 'com ressalvas', o que, a nosso juízo, é uma certificação de que o viés neopositivista enxertou-se na Geografia Brasileira numa ocasião na qual ele já recebia as devidas depurações. Esta é, portanto, nossa primeira opinião, qual seja: os geógrafos brasileiros que se empenharam na fabricação de uma Geografia Neopositivista doméstica foram, antes, usuários com boa-fé e, é óbvio, bastante imbuídos da causa do planejamento racionalizado (o principal fator contextual)." (p. 19)]
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[PB14] Há quem pense, paisagens são máquinas térmicas ... e têm pulsão de morte

XI Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada
["Geografia, Tecnociência, Sociedade e Natureza", 04-09 Set. 2005, USP, Anais, p. 1610-1615]
REFLEXÃO SOBRE AS IMPLICAÇÕES FILOSÓFICAS DA INCORPORAÇÃO DOS MODELOS SISTEMISTAS PARA O TRATAMENTO DE MATÉRIAS PERTINENTES À GEOGRAFIA FÍSICA. SE ELES SÃO MESMO VÁLIDOS (ESPECIALMENTE AQUELES BASEADOS EM PRINCÍPIOS DE TERMODINÂMICA APLICÁVEIS AOS SISTEMAS ABERTOS), TORNA-SE PERTINENTE CONSIDERAR OS ARRANJOS PAISAGÍSTICOS COMO ESTRUTURAS QUE SÓ SE SUSTENTAM PORQUANTO EXPERIMENTEM SITUAÇÕES DE CRITICALIDADE EXTREMA.
["Em geomorfologia, ainda que o recurso lingüístico à teoria dos sistemas dissipativos não seja tão extensivo quanto o poderia, o assim chamado equilíbrio dinâmico quereria dizer uma condição absorvente de entropia negativa. Então, a fim de as paisagens auto-organizarem-se (sua sobrevida) precisariam habituar-se às situações de risco (catástrofes, azares: sua quase morte), visto que uma eficiente organização interna requer ampla comunicabilidade com o exterior - lá de onde vêm as perturbações de magnitude, por vezes, inestimáveis." (p. 1614)]
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segunda-feira, 12 de maio de 2008

[PB13] O "princípio da demarcação" como uma justificativa para a ocorrência da percepção e da natural ansiedade por explicações que abrandam dores

Simpósio Nacional sobre Geografia, Percepção e Cognição do Meio Ambiente
["Homenageando Lívia de Oliveira", 08-10 Jun. 2005, UEL, Anais, 15f.]
PROPOSIÇÃO DE UM MODELO TEÓRICO SEGUNDO O QUAL HAVERIA UMA "SITUAÇÃO DE PARTIDA" QUE, CARACTERIZADA PELO SENTIMENTO DESESPERADOR DO NÃO-ENTENDIMENTO ("ANGÚSTIA"), DEMARCA/CONCRETIZA (FORJANDO) UMA AMBIÊNCIA RECONFORTANTE. ESTA AMBIÊNCIA, POR EFEITO DECORRENTE DO ESTRATAGEMA INTELECTUAL, ABARCA UM "CENÁRIO ARMADO". CABE, ENTÃO, AO MESMO INTELECTO DESMONTAR O ARTIFÍCIO, POIS FAZENDO-O CRITERIOSAMENTE (OU, "CIENTIFICAMENTE"), DEVE CONSEGUIR COMPREENDER A "ORDEM" QUE ELE MESMO FOI CAPAZ DE ENGENDRAR.
["Com um espaço ao mesmo tempo mantido, sondado e especulado, garantimos a ocorrência daquelas experiências estéticas e, por conseqüência, o afastamento da primeira consciência [incompreensibilidade]. Emocionamo-nos antes pelo modo como nossa noção está assentada - isto é, pela possibilidade de que os fenômenos apresentem significado (e este fato causa prazer, surpresa e simpatia cautelosas: deleite comedido) -, que pela ação direta e intencional de um improvável espaço que queira efetivamente nos confortar." (p. 9)]
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segunda-feira, 5 de maio de 2008

[PB12] A "nova geografia" não sucumbiu!

X Encontro de Geógrafos da América Latina
["Por uma Geografia Latino-americana: do labirinto da solidão ao espaço da solidariedade", 20-25 Mar. 2005, USP, Anais, p. 12376-12389 - coautoria: Archimedes PEREZ FILHO, UNICAMP/SP]
[apresentação 25 Mar.]
ENSAIO QUE SUSTENTA A IDÉIA DE QUE A GEOGRAFIA TEORÉTICA E QUANTITATIVA SERIA COMO QUE UM EDIFÍCIO INACABADO; NÃO TENDO, POR ISSO, RUÍDO TÃO LOGO O DISCURSO CRÍTICO-RADICAL GANHAVA ESPAÇO. A HIPÓTESE QUE PAIRA SOBRE O TEXTO É A DE QUE O IDEÁRIO GERAL DA ESCOLA "GTQ" CONSERVA-SE - DIFUSO E POR DISTENSÃO - NO CERNE DE MUITAS PRÁTICAS E REFLEXÕES CONTEMPORÂNEAS.
["Ainda que aquela Nova Geografia nos pareça finda e longínqua, ela inoculou nossa disciplina com o costume de explanar pela via sistêmica, mesmo que muitas vezes não nos demos conta ou que a explanação não pressuponha propriamente uma ostentação nítida das categorias termodinâmicas. O mais certeiro efeito da Nova Geografia é justamente a abertura a o arejamento que proporcionou à disciplina, levando-a, definitivamente, para o campo dos estudos complexos, dinâmicos, holísticos." (p. 12387)]
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sexta-feira, 25 de abril de 2008

[PB11] Considerações a respeito da geografia neopositivista no Brasil

Geografia (Rio Claro/SP)
[volume 29, número 3, p. 355-382, Set./Dez. 2004 - primeiro autor: José Carlos Godoy CAMARGO, UNESP/Rio Claro]
CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA TEORÉTICA E QUANTITATIVA EM SUA OCORRÊNCIA DOMÉSTICA. SÃO COMENTADOS OS PAPÉIS-CHAVE DE CERTOS AGENTES (INSTITUIÇÕES E GEÓGRAFOS), TAIS COMO OS PERTENCENTES AOS QUADROS TÉCNICOS DO IBGE E AO CORPO DOCENTE DA FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIO CLARO.
["O movimento de renovação da Geografia, no pós-guerra, se deu principalmente nos países anglo-saxônicos, destacando-se os EUA e a Inglaterra, mas logo se espargiu por outros países. No Brasil, esse movimento começou a ser divisado no final da década de sessenta, sensibilizando alguns geógrafos mais progressistas e se instalando em algumas instituições oficiais, onde se praticava a pesquisa e/ou o ensino da Geografia." (p. 375)]
LINK#1: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/1064
LINK#2: http://repositorio.unb.br/handle/10482/5917

[PB10] Geografia física e "'nova' nova geografia" em Antonio Christofoletti

V Simpósio Nacional de Geomorfologia, I Encontro Sul-Americano de Geomorfologia
["Geomorfologia e Riscos Ambientais", 02-07 Ago. 2004, UFSM, Anais, 15f.]
[Eixo Temático "Epistemologia e Ensino de Geomorfologia", 03 Ago.]
DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS PARCIAIS DA ENTÃO PESQUISA DE DOUTORADO EXAMINADORA DA OBRA CIENTÍFICA E DA ATUAÇÃO PUBLICITÁRIA DO GEÓGRAFO BRASILEIRO, ANTONIO CHRISTOFOLETTI (1936-1999). TENTAVA-SE DEMONSTRAR ALGUNS ELEMENTOS DISCURSIVOS PELOS QUAIS FICASSE SUFICIENTEMENTE CLARO O EMPENHO DO GEÓGRAFO EM FAZER VER UMA "CONTINUIDADE MODERNIZADA" DO MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO METODOLÓGICA (INSTAURADO HÁ CERCA DE CINQÜENTA ANOS).
["Christofoletti, temos para nós, foi empunhador longevo da bandeira pró-modernização. Afirmamos isso [...] porque, mesmo em textos seus dos anos noventa (portanto, distados algo da referida época), permaneceu - sem titubeio aparente - aberto às modernizações terminológicas e técnicas em ciência. A nosso juízo, esta sua crença atemporal na permeabilidade da fronteira geográfica, vem a significar que, para si, nossa disciplina tem de estar aberta à assimilação (ponderada, é certo) de ferramentas alienígenas que o geógrafo suspeite ser potencialmente úteis." (p. 13)]
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segunda-feira, 14 de abril de 2008

[PB9] A nova geografia no pensamento brasileiro: resumindo Faissol (1923-1995) para entender Christofoletti (1936-1999)

VI Congresso Brasileiro de Geógrafos (Goiânia/GO)
["Setenta Anos da AGB: As Transformações do Espaço e a Geografia no Século XXI", 18-23 Jul. 2004, AGB/UFG, Anais, 7f.]
[Espaço de Diálogo "História do Pensamento Geográfico", 19 Jul.]
COMUNICAÇÃO DO ROTEIRO E ANDAMENTO DA PESQUISA DE DOUTORADO - DESENVOLVIDA JUNTO AO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DA UNICAMP. DADO QUE O OBJETO DA INVESTIGAÇÃO CONTINUAVA SENDO A "GEOGRAFIA TEORÉTICA E QUANTITATIVA" NA SUA VERSÃO BRASILEIRA, ACHOU-SE OPORTUNO EXPOR, NUM PARALELISMO SEMI-COMPARATIVO, A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS DOIS GEÓGRAFOS QUE MONOPOLIZAVAM NOSSAS ANÁLISES HAVIA JÁ TRÊS ANOS. A IMPORTÂNCIA "DIVULGADORA E REFLEXIVA" DE TAIS PRODUÇÕES É O QUE CONSUBSTANCIA ESTA COMUNICAÇÃO.
["Nosso contato parcial com a produção científica de Christofoletti nos permite antever que o geógrafo, tal qual verificamos no caso de Faissol, jogou papel relevante da divulgação dos predicados (mas também dos riscos) da empresa neopositivista em Geografia: uso de técnicas quantitativas, de modelagem abstracionista, de teorias alienígenas, de fraseologia sistêmica e seus reflexos epistemológicos no seio da disciplina." (p. 5)]
{ERRATA: Faissol, em verdade, faleceu no ano de 1997 (a informação correta consta em nossa Dissertação de Mestrado (REIS JÚNIOR, 2003), consagrada a seu pensamento geográfico}
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segunda-feira, 7 de abril de 2008

[PB8] A inserção da atividade turística em espaços agrícolas familiares: alternativa derradeira ou excepcionalidade provisória?

Ágora (Santa Cruz do Sul/RS)
[volume 10, número 1/2, p. 281-298, Jan./Dez. 2004]
BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA DA "MULTI-FUNCIONALIDADE" DO MEIO RURAL BRASILEIRO - UM FENÔMENO COLATERAL À PERDA DE COMPETITIVIDADE EXPERIMENTADA POR ALGUNS ATORES NESSE ESPAÇO ECONÔMICO. CHAMAMOS A ATENÇÃO PARA A ATIVIDADE TURÍSTICA (ESPECIALMENTE EM PEQUENAS PROPRIEDADES) E A TRATAMOS SEGUNDO A HIPÓTESE DE QUE ELA NÃO DEVE SUBSTITUIR INTEGRALMENTE O (HISTÓRICO) OFÍCIO AGRÍCOLA LOCAL ... SOB PENA DO PEQUENO EMPREENDEDOR TORNAR A EXPERIMENTAR O INSUCESSO.
["A cena contemporânea, caracterizada pela estreiteza 'todo-parte', isto é, pela interdependência entre [sic] os fenômenos global e local, dá margem à ruptura de formas pouco evoluídas de capitalização. Em sintonia com este fato, os lugares, na luta por conservarem minimamente suas relações de sociabilidade e trabalho, muito previsivelmente vão repensar a estrutura econômica sobre a qual se assentam (ou pelo menos é isso que deles se espera)." (p. 288)]
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segunda-feira, 31 de março de 2008

[PB7] Pensamento geográfico brasileiro: os predicados de Speridião Faissol (1923-1995)

Geouerj (Rio de Janeiro/RJ)
[número 15/16, p. 59-71, 2004]
*publicado também na forma de capítulo em 2003, sob o título Neopositivismo na geografia brasileira: parafraseando o pensamento de Speridião Faissol (1923-1995) [sic]
UMA PANORÂMICA DA PRODUÇÃO INTELECTUAL DO GEÓGRAFO BRASILEIRO, RESSALTANDO O PAPEL QUE JOGOU NA DIFUSÃO DOS PRECEITOS DA "GEOGRAFIA TEORÉTICA E QUANTITATIVA" NA CENA DOMÉSTICA. SÃO SUBLINHADOS OS CARACTERES DISTINTIVOS DE SEU PENSAMENTO A PARTIR DE UMA SELEÇÃO DE OBRAS EPISTEMOLOGICAMENTE SALIENTES. DOS EXTRATOS DE TEXTUALIZAÇÃO ESTIMA-SE QUE SEJA POSSÍVEL DEDUZIR, TANTO A CONSISTÊNCIA DE SEU JUÍZO ACERCA DO SIGNIFICADO DA "NOVA GEOGRAFIA", QUANTO A PARCIMÔNIA COM QUE AVALIA AS VIRTUAIS IMPLICAÇÕES DO MOVIMENTO.

["Bem, a linguagem sistêmica, tendo encontrado campo fértil primeiramente no campo da termodinâmica (ramo especializado da Física), estendeu-se, analogicamente, para o estudo dos organismos vivos; daí não precisou saltar muitas fronteiras até atingir em cheio a Geografia dos anos sessenta (às voltas com uma formalização conceitual próspera). Não duvidamos, portanto, que um claro indício neopositivista em Faissol há de ser precisamente esse seu manejo consciente com a linguagem em sistemas." (p. 64)]
{ERRATA: Faissol, em verdade, faleceu no ano de 1997 (a informação correta consta em nossa Dissertação de Mestrado - REIS JÚNIOR, 2003 -, consagrada a seu pensamento geográfico)}
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segunda-feira, 24 de março de 2008

[PB6] O humano pelo viés quantitativo: um exame do (neo)positivismo em Speridião Faissol, através da leitura de textos selecionados

Dissertação de Mestrado
[Instituto de Geociências e Ciências Exatas, IGCE/UNESP, Rio Claro/SP, 2003, 141f.]
TRATAMENTO SIMULTÂNEO DA DIFUSÃO DA ESCOLA "TEORÉTICO-QUANTITATIVISTA" NA GEOGRAFIA BRASILEIRA (ASPECTO ABORDADO MEDIANTE ANÁLISE DE UMA OBRA AUTORAL) E DAS IMPLICAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS DO USO DE LINGUAGEM MATEMÁTICO-FISICISTA NO SUBCAMPO "HUMANO" DA DISCIPLINA. ESTE DUPLO OBJETO DE PESQUISA REDUNDA NUM PRODUTO TEXTUAL QUE REÚNE MATÉRIAS TANGENTES ENTRE SI: A SOCIOLOGIA DO PENSAMENTO CIENTÍFICO, UMA METODOLOGIA PARA A LEITURA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO, O ALICERCE FILOSÓFICO DAS ESCOLAS, A MODELAGEM ABSTRATA DO HUMANO.
["Podemos dizer que a Nova Geografia (a Geografia Teorética e Quantitativa ou, quem sabe mais apropriadamente, a Geografia Neopositivista) trouxe a possibilidade da medição precisa; os fatos até então eram objetivamente conhecidos, mas apenas subjetivamente explicados. Ganhou-se mais produtividade e estímulo à criação, embora, em contrapartida, o trabalho tenha se tornado muito mais complexo e cheio de riscos. Infelizmente, houve um pouco de confusão no entendimento do significado da renovação metodológica. Simplificações - como a de dizer que o que acontecia resumia-se simplesmente no repúdio ao dado sensorial, à percepção intuitiva, ou aos casos individualizados em prol, respectivamente, da medição por instrumentos, da análise racional ou dos fenômenos de contínua variância - não contribuíram muito para o entendimento da essencialidade do movimento." (p. 41)]
LINK: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/95689

segunda-feira, 17 de março de 2008

[PB5] Visão alienígena dos trópicos: o caso da ótica francesa em Pierre Gourou

De Littera et Scientia (Jaboticabal/SP)
[volume 5, número 1, p. 85-90, Outubro 2002]
ILUSTRAÇÃO DO MODO (EM GERAL, PESSIMISTA) COMO A ÓTICA "CIENTÍFICO-ACADÊMICA" FRANCESA ENXERGA A REALIDADE TROPICAL: CARACTERES BIO-FÍSICOS CONDICIONANDO O ESTADO ATUAL DOS GRUPOS HUMANOS ... E COMPROMETENDO SEU FUTURO. A TENDÊNCIA INTERPRETATIVA, EXEMPLIFICADA COM A OBRA "LES PAYS TROPICAUX: PRINCIPES D'UNE GÉOGRAPHIE HUMAINE ET ÉCONOMIQUE", 1953, DE PIERRE GOUROU (1900-1999), PARA EFEITO DE ANÁLISE COMPARATIVA, É ACOMPANHADA DO EXAME DE UMA IMPORTANTE OBRA DE MARSTON BATES (1906-1974, NORTE-AMERICANO), EM SUA EDIÇÃO EM LÍNGUA FRANCESA ("LES TROPIQUES: L'HOMME ET LA NATURE ENTRE LE CANCER ET LE CAPRICORNE", 1953 - EDIÇÃO ORIGINAL DE 1952).
["Suas considerações sobre a salubridade e a dificuldade de uma adaptação psíquica e física do 'homem branco' (entenda-se europeu) são claramente recheadas de preconceitos, muito embora tenha havido quem pusesse panos quentes, enxergando no pensamento de Gourou indiscutível fundamento empírico e sensatez em certos aspectos." (p. 90)]
{ERRATA: "... never comes", e não "... commes" (p. 85)}
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segunda-feira, 10 de março de 2008

[PB4] Duas razões para aniquilar a geografia; uma para preserva-la. O modelo das "supra-esferas", a deriva criativa e o ocaso do puritanismo

XIII Encontro Nacional de Geógrafos (João Pessoa/PB)
["Por uma Geografia Nova na Construção do Brasil", 21-26 Jul. 2002, AGB/UFPB, Anais, 8f.]
[Espaço de Diálogo "Epistemologia do Pensamento Geográfico", 23 Jul.]
ENSAIO NO QUAL A GEOGRAFIA É APRESENTADA COMO NÃO-CIÊNCIA, NA MEDIDA EM QUE CARECE DE ARRANJO TEÓRICO RELATIVAMENTE CONSENSUAL (RAZÃO UM) E ENCERRA CONCEITOS POLISSÊMICOS (RAZÃO DOIS). MAS, APESAR DISSO, SUSTENTA-SE QUE A DISCIPLINA, POR POSSUIR UM PADRÃO EVOLUTIVO BASTANTE PECULIAR (FEITO DE TENTATIVAS DE COESÃO EPISTEMOLÓGICA PERSEVERANTES), PODE SERVIR DE EXEMPLO A SER AVALIADO PELA FILOSOFIA DA CIÊNCIA. FAZ-SE TAMBÉM UMA APOLOGIA DA APROXIMAÇÃO CONCEITUAL ENTRE AS CIÊNCIAS TODAS (MODELO DAS SUPRA-ESFERAS, OU "S-ESFERAS").
["Nas s-esferas convivem idéias, conceitos, teorias, postulados, axiomas, leis, métodos, episódios, programas de pesquisa e o que for, mas sem o compromisso de se relacionarem (a não ser, é claro, aquele conjunto de argumentos que constitua um estudo bem definido: uma teoria, seus pressupostos e implicações diretas). Proposições ambiciosas, experimentais, evidentes, suspeitas e mesmo ambíguas encontram-se num campo sem disputas. Temos, portanto, uma condição de 'apaziguamento', na qual as perspectivas teóricas não são melhores ou piores, mas estão todas 'absolvidas'." (p. 4)]
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segunda-feira, 3 de março de 2008

[PB3] A atividade turística ao alcance do rural familiar, ou, por que não adianta só a ambição?

III Congresso Internacional sobre Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentável (Santa Cruz do Sul/RS)
[EDUNISC, 2002, Anais, p. 144-148 - coautoria: Ana Rute do VALE, UNIFAL/MG]
TRATAMENTO DA MATÉRIA SOB O PONTO DE VISTA DE QUE A ATIVIDADE - SENDO UMA ALTERNATIVA, PROVAVELMENTE, APENAS CIRCUNSTANCIAL - NÃO DEVE SER ENCARADA COMO SOLUÇÃO DEFINITIVA ÀS (TAMBÉM CIRCUNSTANCIAIS) CONJUNTURAS SÓCIO-ECONÔMICAS.
["... o turismo rural, embora pareça ser um excelente modo de gerar renda, ainda que provisório, vai requerer de seus empreendedores raciocício estratégico e ciência das limitações econômicas e ecológicas que o negócio fatalmente compreende." (p. 147)]
{ERRATA: há referências autorais no corpo do texto com complementos latinos inapropriados}
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

[PB2] Modelos teóricos para uma geografia do espaço único

Monografia de Conclusão (Pelotas/RS)
[DEGECON, ICH, UFPel, 2000, 146f., R375/estanteM0398/obra15666]
A PARTIR DE OITO MODELOS, ENGENDRA-SE UMA ARTICULAÇÃO TEÓRICA ENTRE OS CONCEITOS DE "PERCEPÇÃO" (SENSORIAL) E "INVESTIGAÇÃO" (CIENTÍFICA). O MOTE GIRA EM TORNO DA HIPÓTESE DE QUE O "ESPAÇO", DESDE QUE ADMITIDO NO ASPECTO SUPRA-DISCIPLINAR, PODE DAR MARGEM A UMA CLASSE DE TEORIAS VÁLIDAS AMPLAMENTE. NESTE SENTIDO, A GEOGRAFIA SERIA A DISCIPLINA-MÉDIA, APTA PORTANTO A LIDAR COM ESTE SEU CARÁTER GENÉRICO-EXTENSÍVEL. PORÉM, TAL PRERROGATIVA OBRIGA QUE O OLHAR GEOGRÁFICO SEJA CAPAZ DE INCORPORAR TAMBÉM VÁRIOS MUNDOS.
["Quando da manifestação da 1a noção já há, podemos dizer, 'trabalho artístico'; a experiência adquirida com a 1a consciência - a mágoa de nada saber, a angústia - é já um fornecimento de comoção suficiente para o 'inserir-se' e 'inserir' apreensões dentro de uma demarcação. Nosso espaço original (cujas seções arbitrariamente delimitadas - o locus - são objeto da nossa Geografia do Espaço Único) representa a própria possibilidade de haver enredo e harmonia no que antes era só apreensão." (p. 77)]
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

[PB1] O espaço local e a globalização: especificação e defrontação

Geografia em Tópicos (Pelotas/RS)
[volume 1, número 1, p. 9-13, Outubro 1997]
TOMADA NA ESCALA DO LUGAR, É INDEFINIDA A SITUAÇÃO DE INSERÇÃO NO SISTEMA MUNDIAL, DADO QUE O ASPECTO ESPACIAL DÚBIO QUE OS LUGARES POSSUEM (O "TODO" - SUA IDENTIDADE COMBINATÓRIA - E AS "PARTES" - SEUS TRAÇOS CONSTITUTIVOS, MAS IMPROVAVELMENTE PECULIARES) TRAZ À TONA O SENTIDO DE ALEATORIEDADE DOS FENÔMENOS EM ESCALA MACRO.
["Mesmo que, a longo prazo, uma determinada variável, absorvida por um grande número de lugares, permita a significativa coesão entre locais distintos (e a distinção entre os mesmos tenha que envolver uma análise severa), o lugar nunca deixará de ser um complexo de tendências." (p. 11)]
{ERRATA: leia-se "caráter causal", e não "... casual" (p. 10)}
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